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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Que venha 2009...

Ano novo chegando e a maior parte das pessoas prepara a sua lista de pedidos e de metas a realizar em 2009. Meu clima é outro. Meu momento é de agradecer...
É claro que tenho ainda muitos desejos a ver realizados, mas me parece que pedir agora, nesse momento, é não reconhecer como deveria tantas bênçãos ao longo de 2008.
Em 2008 eu descobri o amor por mim mesma, pela pessoa que sou, cheia de imperfeições, mas com coração bom e vontade de acertar. Em 2008, a Bela em mim renasceu forte e convicta de suas vontades e foi em frente: lutou, cresceu, aprendeu e venceu...
O ano que termina foi cheio de crescimento profissional, de aprendizados diários, foi o ano em que vi quem realmente é amigo e quem usa a palavra desmerecidamente... Em 2008 eu aprendi de novo a graça de me sentir amada, em família, em casa...
Nesse ano eu consegui sanar as dívidas que me deixaram como herança do que ainda poderia ter sido pior, e nisso eu descobri a dádiva de Deus, que escreve sempre certo, nós é que entortamos os caminhos... Mais ainda, eu descobri que trabalhar bastante só vale a pena se usufruirmos do fruto desse trabalho para alegrar a nossa alma e a de quem nos cerca...
Melhor que isso, em 2008 eu consegui ver a vida de novo bela, com alguém especial sempre ao lado, e aprendi o verdadeiro significado da expressão "dividir a vida com alguém"...
Por isso tudo, a hora é de agradecer a Deus por ser tão maravilhoso, pela misericórdia infinita e pelo amor sem tamanho que me dá bem mais do que eu mereço receber.
Pedir mesmo só quero pedir uma coisa: que no final de 2009 eu tenha tantas coisas a agradecer quanto agora...
Feliz ano novo a todos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Acordei hoje com vontade de alardear que meu coração está festa. FESTA! A minha alma festeja a vida cheia de bênçãos, a felicidade de um amor tranquilo e verdadeiro, a companhia de uma alma iluminada, o clima gostoso em casa e a alegria de se saber acompanhada e aconchegada em todos os momentos do dia, ainda que não fisicamente.
Não, não serei hipócrita dizendo que não existem problemas em minha vida. Existem sim, alguns até bem grandes e sérios. Sou normal. Mas para que olhar para os problemas e para o que há de triste se há tanto para agradecer, tanta coisa com que me alegrar?
Hoje vou festejar. Vou espalhar a festa do meu coração e contagiar quem chegar perto. Vou ser mais feliz do que ontem. Acho que nós devemos isso a Deus, que sempre nos ouve, protege, guia e ampara. Devemos fazer dos dias orações de agradecimento, por nós e pelos outros. E é isso que farei hoje.

sábado, 29 de novembro de 2008

Aniversário...

Dizem que aniversário é período de reflexão, festa e autoconhecimento... Pois bem, não me lembro de ter tido antes, em tempo algum, um aniversário verdadeiramente feliz. É claro que sempre existiram sorrisos, presentes, pessoas em volta, mas no íntimo eu sempre estive só.
Nunca antes eu havia entendido o que as pessoas tanto comemoram em seus aniversários. Para mim, aniversário era só a troca de idade, pronto.
Mas crescimento é mudança. Pela primeira vez na vida, eu comemorei intimamente o meu aniversário. Por fora, foi tudo o mesmo: abraços e beijos telefônicos recebidos da família um dia antes, pessoas em volta um dia antes, almoço em casa no dia certo, beijos e abraços de pai e mãe no dia exato... No entanto, por dentro, ah! por dentro...
Meu coração estava feliz, o sorriso era com a alma toda. Descobri ontem a beleza sutil de não fazer nada pra comemorar o aniversário e ainda assim perceber a alma em festa.
Como sempre, ganhei muitos presentes materiais, recados sem fim pela net, mas o que fez a diferença mesmo foi o coração inteiro, completo, amando e sendo amado.
O melhor presente que ganhei foi a certeza de me saber amada, muito amada, e de me ver amando. O presente que mais amei foi o amor calmo, sereno e profundo, que me enche os dias de alegria e faz tudo ficar mais bonito... O que houve de melhor mesmo foram os sorrisos trocados com os olhos, a noite aconchegada no peito, o carinho de todas as horas...
Como eu ganhei esse monte de coisas, só me resta agradecer: obrigada, Urso Polar, por me ensinar o que é o amor verdadeiro, pelos dias de sol e pelos dias de chuva, pela força doce que me conduz ao equilíbrio, pela nossa vida juntos, por nós, por você existir e se sentir completo comigo... Obrigada, Urso Polar, por você ser você!

sábado, 22 de novembro de 2008

Vontade de te dizer...



Hoje deu vontade de te dizer, contar o que me vai na alma... Que palavras eu uso? Tenho andado assim, com borboletas esvoaçando em meu estômago, em meu peito... A felicidade já não cabe em mim, e nasce do teu sorriso, do teu abraço...

Às vezes me pego a pensar, rememorar como tudo aconteceu, como foi aquele dia, e todos os que vieram depois... Nesses momentos, o sentimento é de completude: estou completa com você. Aí, lembrei um texto da carice Lispector, que parece igualzinho a quando tento traduzir em palavras a alegria do reencontro, a magia do momento, os braços se tocando, os olhos falando...

"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."(Clarice Lispector)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A vida voltando ao normal...

Depois de quase um mês de ausência, voltei ontem às aulas de yoga. Impressionante: logo ontem o professor resolveu realizar práticas mais exigentes. Mais impressionante ainda: eu consegui fazer! Fiquei orgulhosa de mim mesma.
Eu, que falo aos borbotões, consegui ficar quieta, controlar a respiração e fazer as posturas!!!!!!
Depois do yoga, supermercado com Urso Polar. Impressionante como coisas tão bobas, da rotina doméstica, ficam especiais ao lado dele... Tá, entendi: ele é que é especial. Verdade.
Além de especial, feito pra mim. AMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 15 de novembro de 2008

Aconteceu tanta coisa nesses dias em que fiquei sumida que nem sei direito o que contar... Chorei, fiquei insegura, senti raiva, sorri e, acho que é o mais importante, aprendi, cresci.
Aprendi que a nossa vida é o hoje, porque não temos poder sobre o amanhã. Por isso é tão importante viver intensamente, valorizar quem nos ama e dar amor a essas pessoas. Aprendi que as coisas nem sempre acontecem como a gente deseja e que, mesmo assim, é preciso agradecer. Agradecer principalmente pela oportunidade de crescer com os NÃO que a vida nos dá.
Aprendi que não importa o que digam, pensem, tramem e façam, eu sempre agirei de acordo com as minhas convicções e certezas. Sendo assim, nada me afastará do caminho e da pessoa que escolhi para a minha vida (porque essa pessoa me escolheu também, apesar de ter muitas outras opções).
Sei que não vou deixar de minhocar da noite para o dia e também já adquiri a consciência de que preciso deixar de me cobrar tanto, porque não sou perfeita, e deve ser aí que reside o meu charme: na inquietude e na imperfeição que me são próprias.
Tenho a mais plena certeza do amor que me une ao Uso Polar e essa certeza move meus dias e me dá forças pra seguir em frente. Quando o dia está difícil e estou no meio de um trabalho que nem acaba e nem fica pouco, é do olho dele me olhando que eu lembro e a doçura que o olhar dele traduz apaga tudo o que há de ruim.
Não me importam os caminhos por onde passei pra chegar até aqui, nem quantos dragões enfrentarei daqui por diante. O que verdadeiramente importa é que amo e sou amada, e isso nos torna fortes.
Que venham os dragões. Eu sei que não estarei mais sozinha.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Quem faz o lugar é você



Tudo bem, eu confesso: o lugar é lindo. Digno de cenário de filme... Não é à toa que eu chamo de paraíso particular...

Mas não é só o mar que é lindo, nem o vento saudando a gente na janela, nem o barulho das ondas a nos ninar...

Lindo mesmo é ter o Urso Polar perto, nesse ou em outro lugar qualquer. Vê-lo entrando no mar, numa comunicação perfeita, como se um fosse parte do outro; lindo é caminhar com ele pela areia, e ver a alma dele sorrindo pra mim através dos olhos...

É lindo deixar de lado toda a badalação própria de praia e ficar sozinhos, um com o outro, com ou sem palavras. Mais lindo ainda é saber que essa cumplicidade nos acompanha aonde quer que estejamos...

Olhando essa imagem e lembrando de nós dois, lembro de um poeminha que nem sei de quem é e que diz exatamente a forma como sinto. Fala assim:

"Eu queria ter uma casa numa ilha sobre o mar, e dentro dela ter você com o seu sorriso. Ou então, ter você com o seu sorriso; sem a casa, sem a ilha, sem o mar."

Acho que você já entendeu, né?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Eu e o tempo

Acho que eu e o tempo precisamos ter uma conversa muito séria. Tenho a nítida impressão de que ele brinca com os dias, de acordo com o meu estado de espírito: se estou feliz e as horas são uma delícia, elas passam voando. Se estou triste ou ansiosa pra que algo aconteça, o tempo se arrasta...

Sei não, mas isso não me parece muito justo... Geralmente, os dias passam sem que eu veja, engolfada na loucura do trabalho. Mas essa semana, que aguardo ansiosamente a chegada de sexta... Acho que vai dar segunda e não vai dar a sexta... Aff!
Tudo bem, não se engane. A Bela aqui não é tão egocêntrica a ponto de pensar que o mundo gira em torno do próprio umbigo, mas que o amigo tempo poderia cooperar e fazer a sexta chegar logo, dar uma pausa e fazer os dias demorarem até a terça, isso poderia...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Confissão

Que sou estabanada por natureza ninguém duvida... O problema é que às vezes ser estabanada me leva a ter sentimentos inexplicáveis...
Hoje você me disse que andou minhocando. Eu ri. Mas não ri de você.
Na verdade, do meu jeito torto e estabanado, e depois da notícia que me deixou triste ontem, você ter minhocado por uma coisa tão pequena pra mim (mas que não foi pra você, eu entendo) me deixou feliz. Intimamente feliz por me saber importante... Não que você não demonstre isso sempre, sabe? Você demonstra sim, mas eu me senti ainda mais amada. Por isso fiz questão de tirar todas as comunidades que possam ter te incomodado. Por isso agi com urgência.
Mas eu fiz mais que isso. Procurei comunidades a sua cara, a nossa cara, pra que quando você minhocar da próxima vez, você entenda de vez o quanto é amado, e o quanto a minha vida é você.
Urso Polar, eu te amo. E esse sentimento me faz muito feliz!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008


Os dias passam na medida exata para que eu aproveite a felicidade que é tê-lo ao meu lado... Não existem palavras para dizer o que sinto... Apenas sol e sorrisos em meu peito. O olhar doce que acompanha, sempre. E a certeza de que estamos mais fortes, juntos... "Não sei se o mundo é bom, mas ele está melhor, desde que você chegou...". Nando Reis embalando nossos dias...


domingo, 28 de setembro de 2008

Um dia feliz...

Hoje de manhã tive a maior de todas as surpresas, tudo o que meu coração desejou... Nem preciso dizer que estou com o sorriso quase engolindo as orelhas; nem preciso falar que o coração tá descompassado, nem que as lágrimas que molham meu rosto já não queimam, mas são cálidas como o toque...
Sei que não vai ser fácil, que enfrentaremos gigantes, ventos e tempestades, mas há em mim a coragem do amor que sinto e a certeza de ser amada, e esses dois elementos me darão a força de que necessito para ultrapassar barreiras, derrubar muros e construir pontes...
Não há mais o que pedir, a hora agora é de agradecer...
Vida, de novo inteira...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Presentes para mim...

Ontem foi dia de me presentear. Fui com a May e a Carla à Bagatela, enlouquecida loja de bolsas que deixa a gente simplesmente furiosa, por não poder comprar tudo... Resumo da ópera: a Bela insana aqui comprou uma bolsa de mão para a mamãe, uma carteira de presente para a May (o aniversário dela é hoje) e, como não podia deixar de ser, duas bolsas LINDAS para si própria.
Tem nada não, fiquei endividada, mas feliz. Eu estava mesmo precisando me presentear, afagar o meu ego e me fazer mais feliz e bonita, pra mim.
Hoje, festinha pra May no trabalho. Coisa simples, bolo delicioso, referigerante, pouca gente em volta, mãe e amor dela participando... Uma coisa que me deixou feliz foi organizar essa pequenina comemoração. Homenagem a uma menina linda, que está me ensinando um monte de coisas...
Mas se você está aí doido pra saber como anda o coração de Bela, não vou te deixar roer as unhas de curiosidade não: estou bem. Ainda meio triste, ainda confusa, ainda lutando comigo mesma para aprender a esperar o que tiver que ser. Mas, como dizem, o que não mata fortalece. E tenho certeza de que sairei mais forte de tudo isso, seja qual for o rumo que a vida tomar... Como a decisão sobre esse rumo não cabe a mim, aprender a esperar é a tarefa mais difícil a ser feita...
Não vou sair do lugar...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

História de leitura...

Outro dia publiquei aqui um texto que recebi pela internet. Não é segredo pra ninguém que não tenho muita paciência pra ficar navegando na net, procurando sabe-se lá o quê em sabe-se lá onde. No entanto, tenho que dar a mão à palmatória. Num desses momentos raros de mergulho pelo mundo virtual, encontrei uma pérola; bem aqui, pertinho de mim, escrita por alguém da cidade de todos os sóis.
Como se faz ao encontrar um tesouro, guardei-o. Mas hoje já não posso mais tê-lo comigo, é preciso mostrá-lo pra que ele continue a ser meu. Não vou dizer aqui o que aconteceu hoje. Só vou dizer que a angústia no meu coração diminuiu. Sei que a porta permanecerá sempre aberta, mesmo não sabendo se a pessoa esperada passará por ela. De toda forma, a certeza do que sinto é tão forte que alimenta os meus dias, daí a razão de compartilhar o texto, porque é bem assim que eu desejo...


Aqualove


não pretendo um amor sólido
tendo em vista a grande possibilidade de um sólido se romper à menor mudança
de temperatura
de pressão.
pretendo um amor líquido
que se adapte a qualquer recipiente
e, sorvido em grande goles,
molhe os lábios escorra pelo pescoço
e umedeça os países ao sul do continente.
líquido, para que, aquecido,
evapore
suba ao céu
chova sobre mim
encharque o chão
tire essa tal segurança de debaixo dos meus pés
deixe lama entre meus dedos.
não pretendo um amor assim, concreto,
não pretendo um amor assim, rígido,
não pretendo um amor, assim, sólido
mas líquido
incerto
insólito. e se uma frente fria vinda diretamente da Patagônia
torná-lo gelo,
frio,
pedra,
que baste deixá-lo ligeiramente exposto ao seu olhar
e ele, regredindo a seu estado original,
volte a matar essa sede
amiga, inseparável, do sertão
de nós.

André Gonçalves

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mostrando um presente...





Resolvi publicar esse texto que recebi pela net porque considerei como um presente. Sinal de que a minha alma é transparente, fácil de ser lida pelos meus atos e silêncios...



domingo, 21 de setembro de 2008

Despedida...

Desejo fortemente que essa seja a última vez em que falo disso aqui... Não posso garantir que será, assim como não posso garantir que as lágrimas sequem tão fortemente quanto a razão diz para elas secarem...
Acredito qua fiz tudo o que podia. Insisti mais do que deveria, inclusive... Chega a hora em que a esperança deve dar lugar ao amor-próprio para que a pessoa não resvale para a súplica. Eu gostaria imensamente que o seu sentimento por mim fosse forte o suficiente para atravessar tempestades, enfrentando fúrias e ventanias. E talvez ele seja, mas não da maneira como desejei.
Não julgo o que você sente. Acredito que também não seja fácil pra você. Mas eu estou parando.
Não pretendo mais pedir que você volte. Nem pretendo te dizer que existem outros caminhos, que com a sua determinação eles iriam aceitar, por amor a você. É claro que não seria do dia para a noite, e não seria fácil. Mas também não demoraria uma vida...
Pais e mães são assim: tentam impor suas vontades na tentativa de evitar sofrimento aos filhos. No entanto, quando percebem que a vontade do filho é férrea, parte do fundo do coração, mesmo com dificuldade e relutância eles entendem, por amor ao filho. E não estou dizendo isso por possuir interesse direto no assunto, mas pela observação do mundo e das pessoas...
Mas agora já nem sei se adianta você ao menos pensar sobre isso. Resolvi parar de insistir porque não quero ter você ao meu lado por pena, não quero que pense que me sinto tão importante a ponto de merecer o sacrifício da relação familiar, não quero ser o motivo da sua falta de paz, não quero que volte por achar que estou sofrendo sua ausência...
Eu realmente sofro sua ausência, mas aprenderei a viver com ela, assim como aprendi que a minha vida é feita pelas minhas escolhas... Estou escolhendo agora aprender a, de novo, viver sozinha, como fazia antes de nos reencontrarmos...
Sei que terei muitas dificuldades, porque você imprimiu sua presença em tudo, em todas as horas dos meus dias, mas preciso ser geniosa o suficiente pra seguir adiante...
Em meu coração, nada mudou: eu continuo aqui, a casa é sua, se você descobrir um meio que seja, ou mudar de idéia, se um dia achar que está disposto a tentar, estarei aqui. A única coisa que mudou foi a consciência que há em mim: eu já tentei; se tiver que ser, será a sua vez de tentar...
Lembro do dia em que te dei um recado: "diz pra ele que ele precisa ter calma, porque o que é dele, virá pra ele, na palma da mão"... Sei por experiência própria que a dona do recado não se engana, portanto, se for para ficarmos juntos, ficaremos. Não importa em que tempo, e a minha insistência não vai acelerar nada...
Assim, emudeço esse assunto agora. O sentimento está aqui, você sabe. Se quiser, é só vir buscá-lo. Se não quiser esse sentimento, se não mudar de idéia, não tem problema, seremos amigos, como sempre fomos.
O que vivi ao seu lado foi tão bom e tão intenso que não posso estragar com a insistência tola por algo que você não deseja. Vou usar o amor que sinto por você de outras formas, e não perturbarei a sua paz. Eu te amo muito pra fazer isso.
Que o tempo fale por nós...
Eu realmente parei...

Os dias passam lentamente e a minha atividade mais constante é pensar... As cores vão e vêm... E vão...
Até quando insistir?
Não pense que porque tenho falado menso, e chorado menos o coração deixou de insistir... Ainda acredito que exista outra solução... Se você quiser...
Imagino as coisas que você deve ter ouvido e a forma como elas magoaram o seu coração. Afinal, só uma mágoa grande seria capaz de mudar tudo tão de repente...
Ainda não consigo entender como aquela pessoa que fazia de tudo pra passar o maior tempo possível perto de mim, que me fazia pequenas surpresas durante o dia, que me ligava de vez em quando, que era semrpe tão presente, que me lia mesmo pelo telefone, que demonstrava tanto amor, agora diz que acha certo ficar longe...
Entendo que a situação é mesmo vexatória, que viver pressionado não é bom... Pior, sei que também há pressão de minha parte... Mas não posso acreditar que tudo o que você me fez viver com você tenha sido falso... Até porque, até onde conheço, nada em você é falso... Se era verdade então, deixe que o sentimento mostre a força e determinação que tem e vamos juntos resolver o que vier...
Eu nunca esperei que todos os nossos dias fosse de sol, eu nunca imaginei que essa parte da nossa vida seria fácil, eu nunca me esquivei do que sabia que viria... Eu posso, junto com você arrumar de novo a casa e esperar a tormenta passar, porque nenhuma tempestade dura para sempre... O sol sempre volta...
A casa é sua... Você sabe...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Depois da visita...

Eu disse que talvez não escrevesse mais aqui... Eu disse que não insistiria...
Lembra das cores que falei? Por alguns minutos elas voltaram, coloriram meu peito de esperanças, mas como num sonho, tudo em volta se apagou novamente...
Sei que eu disse muitas coisas, nem sei se me fiz entender... Depois que você se foi hoje, a única esperança que tenho é que algo do que eu disse tenha ficado aí, no seu peito, e faça você mudar de idéia...
Minha razão diz que essa esperança é tola, que você não comprará uma confusão tão grande, assim como ninguém compra nada no escuro... Mas no meu coração permanece uma luzinha, pequenina, desejando, desejando...
Estou me sentindo fraca, diminuída, proscrita... De novo, razão e sentimento possuem opiniões contrárias... A minha razão diz que não sou menor, que continuo a pessoa de sempre, que fiz escolhas condizentes com os meus sentimentos: primeiro casei tentando ser feliz, depois descasei, pra ser feliz; a razão diz que as seqüelas que ficaram são de minha responsabilidade, mas que não sou menos digna por isso...
Já o sentimento... Ah, o sentimento... Velhas nóias...
Eu queria tanto que fosse diferente... Queria poder fazer alguma coisa... Queria que me vissem, humana, normal, com passado, como todo mundo...
Porque eu não posso estar enganada, não pode ser mentira o que aconteceu aqui hoje, não podem ser falsos os abraços... Ou você pode me dizer com certeza que seus olhos não demonstram dor? Você pode falar com a alma toda que não sente a minha falta, que não gostaria de estar comigo, que não gostaria que fosse diferente e que continuássemos juntos?
Meu pai acabou de ligar. Meu pai. Que nunca liga. Usei com ele a voz e o jeito "está tudo sempre bem" da máscara que coloco no trabalho, mas parece que não deu muito certo... sabe o que ele disse: "-Minha filha, tudo se resolve..."
Se ele vê tão bem a minha alma, que eu sei, você também vê, por que outras pessoas me vêem tão diferente do que sou?

Porque Nando Reis é a nossa cara...

E porque Zoé significa Vida...



Minha cor
Minha flor
Minha cara

Quarta estrela
Letras, três
Uma estrada

Não sei se o mundo é bão
Mas ele ficou melhor
quando você chegou
E perguntou:Tem lugar pra mim?

Espatódea
Gineceu
Cor de pólen
Sol do dia
Nuvem branca
Sem sardas

Não sei se o mundo é bão
Mas ele está melhor
porque você chegou
E explicou
O mundo pra mim

Não sei se esse mundo está são
Mas pro mundo que eu vim já não era
Meu mundo não teria razão
Se não fosse a Zoé

Espatódea
Gineceu
Cor de pólen
Sol do dia
Nuvem branca
Sem sardas

Não sei se o mundo é bão
Mas ele está melhor
porque você chegou
E explicou
O mundo pra mim

Não sei se esse mundo está são
Mas pro mundo que eu vim já não era
Meu mundo não teria razão
Se não fosse a Zoé

Sim, prometo que ficarei bem...

Ontem tive a conversa mais difícil de toda a minha vida. Difícil ouvir a sua voz tão triste, difícil ouvir você dizer que é definitivo, difícil ouvir que você não enxerga outra solução, mesmo me amando...
Quando você me pediu que prometesse ficar bem, não pude. Depois que desligamos, chorei até adormecer e acordei com a sensação de ter passado a noite refletindo...
Como eu disse ontem, meu sentimento continua aqui, a minha vontade de fazer nossa história dar certo, forte, também. Continua aqui a confiança que tenho em você e a minha esperança de que você encontre um meio de lutar por nós sem que seja preciso brigar, nem escolher um ou outro...
Como prometi ontem, não vou insistir. Vou respeitar a sua decisão, até porque sei o que é sentir-se dividido e sei que não é bom. Temos histórias familiares muito parecidas e eu já trilhei um longo caminho, que você cedo ou tarde trilhará também...
Mas, diferente de ontem, hoje posso prometer que ficarei bem, sim. A saudade ficará aqui, fazendo companhia. A sua lembrança está por toda a parte, mas principalmente dentro de mim...
Lembra de como eu fiquei feliz por você se orgulhar quando não minhoquei? E de como me alegrava cada vez que fazia algo e você me olhava cheio de orgulho e reconhecimento? Pois bem, eu ficarei bem sim, prometo. Para que você tenha mais um motivo para se orgulhar de mim. Já que essa é a única saída, irei aceitá-la, entendê-la e respeitá-la, por amor a você.
Se um dia você descobrir que existem outras portas, janelas, ou mesmo minúsculos buracos na parede, serei sua companheira ao atravessá-los...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nova carta ao Urso Polar

O dia hoje está cinza. Lá fora, o sol escalda a pele, mas aqui, dentro de mim, chuva, muita chuva... Difícil deixar partir quem você deseja perto. Difícil entender que a pessoa está partindo contra a própria vontade. Difícil abrir mão de sonhos em conjunto...
Em meio ao calor da cidade, o frio do peito... Saudade de saber você comigo, mesmo que longe. Saudade de sentir sua presença no meio do dia. Saudade do celular tocando aquela música e o dia parando pra eu ouvir a sua voz. Saudade de descansarmos juntos depois de um dia atribulado...
Ontem você resolveu ir, pra evitar maiores conflitos, mas seus olhos não estavam seguros... E o conflito criado aí, dentro de você? O que fazer com ele?
Eu ficaria melhor se sentisse que você está mais feliz assim, sem nós... Ficaria melhor se você me dissesse com convicção que o que sonhamos pra nós já não faz sentido pra você, que o seu sentimento já não existe... Eu ficaria melhor se você não precisasse estar dividido...
Se ao menos houvesse algo que eu pudesse fazer...
Não há.
O triste é que eu entendo. Entendo a sua escolha, entendo o que você está passando. Entendo as razões da sua família... Entendo...
E, por entender, ficarei aqui, na esperança de que um dia entendam que essa escolha não precisa ser feita, que um amor não exclui o outro, e que cada um tem o seu caminho...
Ficarei aqui na esperança de que o seu caminho seja ao meu lado... O meu sentimento mora aqui, você sabe onde, e sabe que é seu...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O difícil aprendizado de olhar para dentro...

Há dias não venho aqui. Na última vez que escrevi, o coração estava amargurado, amedrontado... Passado...
Hoje venho falar de algo muito difícil: aprender com os erros. Tenho tentado caminhar sem pressa, rumo a mim mesma. Nem sempre tem dado certo. Pra falar a verdade, cometi alguns atropelos. As coisas que vivi e ouvi ainda estão muito nítidas e às vezes é difícil (quase impossível mesmo) fazê-las calar. Mas é preciso...
É justo descontar em alguém um trauma que ele não causou? É justo encobrir a felicidade que sinto com dúvidas e medos que nem deveriam existir? É justo deixar de viver o que desejo por medo de sofrer? Não, não é justo, nem com quem está perto, nem comigo...
De nada adianta ter sentido falta do meu sorriso se, quando ele reaparece, eu mesma o apago por besteiras...
A hora é de viver intensamente, de aprender que a minha felicidade tem que vir de dentro de mim para poder ser compartilhada, de entender que quem está ao lado assim o faz por vontade, por querer, e de acreditar que eu mereço, sim, o que de bom estou vivendo...
Sei que não vou conseguir materializar isso na minha vida de uma hora pra outra. Certas coisas levam tempo... Mas pelo menos já consegui enxergar. É o primeiro passo, e eu não sou de desistir: caminharei o caminho inteiro...

domingo, 7 de setembro de 2008

Reflexões depois de uma noite em claro

Ontem não resisti. Disse que não ia ligar, mas liguei. A sua voz estava triste, cansada, distante. E me chamou de Vida. E eu desejei desesperadamente que essa tempestade passe e você volte aos meus braços. A distância da voz me fez sentir o frio vento ártico antes de uma tempestade de neve, e eu desejando o sol do seu sorriso...
Noite marcada por cama vazia, lágrimas que não cessam, você que não está... De vez em quando, o farol de um carro faz o coração bater mais forte, na esperança de ser você... Olho o celular ansiando por uma mensagem... Só o nada...
Amanhece. Levanto e procuro algo que preencha o vazio que se instalou em mim, na casa, nos livros, em tudo o que fala da tua ausência... Vasculhando na internet, procurando ler qualquer bobagem, encontro uma pessoa que tem quase o mesmo nome que eu, e que leu a minha alma sem me conhecer. Copio o texto dela e publico aqui, na esperança de que ele me alente e me ajude a esperar por notícias suas sem enlouquecer...


Preciso
"Eu preciso ser tu, preciso ser eu... Preciso ser eu, contigo em mim. Preciso ser nós dois, preciso de teus sonhos, alicerces pra minha felicidade. Eu quero o mundo que há em ti, e quase sempre a solidão que há em mim... Preciso ser eu, preciso mudar todo dia... Quero o vento em meus cabelos, a brisa em meu rosto, a chuva em minha alma, tua mão em minha mão.

Quero a imensidão, o espetáculo e o brilho de Londres em meus dias, em seus olhos, em meus sonhos... Quero a paz e a simplicidade da casa dos meus pais em minha mente, em tuas atitudes e escolhas. Quero todo dia a sabedoria dos mais velhos, a compaixão dos bons em minha personalidade, em tua personalidade. Quero quase sempre a loucura dos insanos, o alívio de quem acaba de escapar da morte por um fio, e quero me conformar com o destino do jeito que ele é, assim como um miserável conforma-se com o pouco que tem.

Só quero ser eu contigo em mim, teus gostos e sabores, teus anseios e horrores, tua loucura embutida em meus gestos. Necessito de teu sorriso pedindo um beijo, de teu rosto de anjo com olhar de homem, quero tua essência em meu corpo, tua existência em minha vã existência, preciso precisar de ti. Quero enlouquecer por você, em mim, por mim em você... Necessito desesperadamente de tua voz em meu ouvido, do teu rosto encostado em meu peito, de tuas conversas bobas, de tua presença doce e leve como algodão doce, gostosa e única como nada existente, tua barba enroscando em meu pescoço...

Quero o nascer do sol do meu espírito feliz com teu quase nada, quero minhas mãos agitando teus cabelos como o vento agita as palmeiras lá no alto. Quero cantar Björk dançando na cama e te ver com o charme do Elvis me olhando e rindo feito um tonto, quero colocar frente a frente tudo o que há de oposto em mim, necessito desvendar teus segredos apenas com um olhar, te ver todo dia mesmo que apenas de relance...

Preciso gritar, correr, viajar, extravasar a insanidade trancada aqui dentro sem medo de ser apenas eu, o eu que nunca me permiti ser e nunca tentei encontrar em ti. Eu preciso ser tu, preciso ser eu... Preciso ser eu contigo em mim, porque quando estou contigo não preciso de mais nada, e por você eu enfrentaria o mundo de cabeça erguida, mesmo estando fraca e ferida".

sábado, 6 de setembro de 2008

Para não explodir...

Em meu peito já não há espaço para minhocas. Elas se foram. Materializaram-se. Tomaram corpo. E vida. Mais que isso: roubaram vida. Quem disse que eu poderia andar nas nuvens? Pé no chão, Bela...

Coração hoje está sangrando... Na verdade, eu nem deveria estar aqui, escrevendo, mas se não fizer isso, com certeza vou explodir... Nem sei se é consolo, mas em meio à turbulência, vejo que amadureci. Não procuro culpados, não há raiva e nem mágoa em meu peito. Há até um sentimento de deixá-lo ir, e torcer por ele, se for o que ele decidir...

Mas de verdade, de verdade mesmo... Ah, se eu pudesse escolher... Escolheria os olhos doces em mim, a alma tocando a minha, ele inteiro... Mas, como não posso... O que me resta?

Nunca um abrir de porta foi tão doloroso. Nunca me senti tão sozinha. Nunca a vontade de ligar foi tão forte (“não faça isso, Bela, deixe que ele decida”, digo a mim mesma).

Há tempos eu achei que já tinha vivido tudo. Aí, ele chegou, abriu a porta do meu peito, devagar, de mansinho, e foi se instalando. Ajudou a jogar fora muitas nóias, fez com que eu me visse outra vez no espelho (e fora dele também), mostrou que os dias têm sol e, às vezes, chuva. E me fez sentir que eu não estava sozinha.

Foram dias de sonho acordada, em que tudo fazia sentido... Agora, a realidade feito uma pancada... Nenhuma palavra descreve. Tudo dito assim, com a pureza que é característica... Pior foi ver a dúvida no rosto dele, onde antes havia a certeza de mim...

Melhor parar... Que as minhas lágrimas falem por mim... Estarei aqui, não vou sair do lugar...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dia de festa

O dia começou assim: telefone toca...
- Vida, se eu te disser uma coisa você não fica chateada? - pergunta Urso POlar
- ... (coração apertado, medo grande, insegurança, numa fração de segundo...) Pode falar. - Bela responde.
- Feliz aniversário! Amo você! - diz, rindo, Urso Polar.

Aff!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Alívio!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Numa situação normal, eu teria ficado com raiva, muita raiva, pelo susto; mas hoje... Ouvir a voz linda dizendo "te amo" e lembrando o aniversário de três meses logo cedo... Pra que a raiva?
Vontade de dar um abraço Felícia nele, só pra ele ver o que é bom... Tanta coisa pra agradecer... As lágrimas saltam dos olhos e lavam a alma, trazendo ao peito milhões de lembranças boas, cada sorriso, cada bobagem, cada palavra, e o olhar... Ah, o olhar...
Vida, três meses, um vida inteira, todo o tempo é pouco com você, porque é muito bom...
Quer que eu diga mais? Vou dizer sim, mas no seu ouvido...

Luzes à toda (passando o fim de semana a limpo)

A angústia passou. Os faróis estão normais novamente. Não que eu tenha abandonado a minha teoria, ao contrário, tenho a certeza de que ela está correta. Então, o que me fez melhorar?
A certeza de que, por mais que a pessoa tente (e ela tentou "dicumforça", como se diz por aqui), não basta apenas a vontade dela para que as coisas sejam. É preciso a vontade de outrem. E, no que depender de mim, essa vontade não existirá.
Esse fim de semana, falei com alguém muito importante, que conhece a minha alma com profundidade. Levei uns puxões de orelha bem merecidos. "Bela, você não pode deixar de viver o hoje por ter medo da repetição do ontem. As pessoas são diferentes". Verdade. Obrigada.
Sei que as coisas não serão fáceis, mas como me disse a pessoa, o importante é que já me abri, e tento viver bem. A plenitude já começou a chegar. Os medos irão embora cada um a seu tempo (e na verdade, alguns já foram).
Então, a hora é de rearrumar a casa do meu coração e deixá-la limpa de todas as minhocas, para que nela habitemos apenas eu e Urso Polar, sem interferências. Já comecei a fazer isso e já deu pra notar.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

De farol baixo

Nem todos os dias são de sol, mesmo quando se mora na cidade de todos os sóis... Há dias em que a previsão do tempo fala de nuvens carregadas, pancadas de chuva e temporais. Estou em dias assim, desde terça. Inútil dizer que não há nada. Meu coração é transparente. Pelo menos para os que foram alfabetizados...
Estou mais calada, trancada em mim como há tempos não acontecia... Insegura.
Não. Não há nenhuma briga entre Bela e Urso Polar. Os abraços continuam quentes e os olhos, doces. Mas a insegurança de novo mora em mim.
Melhor então ficar calada, recolhida, pra ver se a sensação passa ou se as minhocas têm razão de ser...
Então vamos fazer assim: enquanto eu estiver de farol baixo, vocês irão ler o meu silêncio. Quando melhorar, eu volto.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

De férias...

Vou ter um tempinho de férias. Um fim de semana, pra ser mais exata. Mesmo assim, estou radiante. Merecido descanso ao lado de quem está sempre ao lado. Vamos viajar. Pra perto, é lógico, porque senão não daria tempo chegar.
Nossa segunda viagem , né, Vida? Não vou contar mais nada aqui. Basta saberem que terá muita luz, sol, calor e...

sábado, 16 de agosto de 2008

Andando entre nuvens e sorrisos

Nossa, como eu estava com saudades! Como foi bom ouvir a voz no meio da noite dizendo "Vida, já estou aqui, mais tarde estarei em casa". Melhor ainda saber que a casa é a nossa casa...
De manhã, coração começando a se aquietar por sabê-lo tão perto, a surpresa: pausa no trabalho, no trânsito, no mundo, para abraço apertado com gosto de alma inteira...
Mas a tarde... Ah! A tarde... O que dizer? Não existem palavras, só os sons da gargalhada ecoando e fazendo meu dia completo. Segui no meu céu todo em lilás, pisando na maciez das nuvez e sentindo a sonoridade das gargalhadas que tanto amo... De que serve o tempo nessa hora? Por que as horas passam? Depois, sair quase à meia-noite pra comer pizza e olhar a chegada do aniversário da terra de todos os sóis. Nossa terra, testemunha da nossa vida.
Já em casa, filme bem aconchegado, frio quente, sono no teu peito... Não há como imaginar nada melhor...

Por todo o dia de ontem, essa música não me saiu do pensamento (é bem verdade que ela já havia feito outras visitas...). Consegue adivinhar por quê?


Depois de ter você
(Adriana Calcanhoto, na voz de Maria Bethânia)

Depois de ter você
Pra que querer saber
Que horas são?


Se é noite ou faz calor
Se estamos no verão
Se o sol virá ou não
Ou pra que é que serve
Uma canção como essa?


Depois de ter você
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas
Pra que amendoeiras pelas ruas?
Para que servem as ruas?
Depois de ter você...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Carta ao Urso Polar

Você viajou na quarta-feira passada e estou com a sensação de que não consigo dizer o quanto você me faz falta... Sei que você chega amanhã e que agora eu deveria estar pensando que toda essa saudade está bem pertinho de ter fim, mas existem coisas que precisam ser ditas...
E aqui estou eu, toda enrolada com palavras e sentimentos... Logo eu, que sempre fui tão tagarela, que sempre falei tudo do jeito como me vinha à cabeça... O problema é que não preciso falar do que está na cabeça, mas do que vai no peito...
Como é que vou traduzir a saudade que sinto; a falta que você faz na cama, onde seu peito não está pra ser meu travesseiro; a ausência do seu olhar doce e risonho? Como é que vou contar em palavras o que sinto quando olho a porta da sala, no trabalho, e sei que não terei a surpresa de te ver no meio do dia?
O que falar da vontade de chorar quando não falo com você e a vontade que aumenta, quando a gente se fala e eu tenho que entender que essa noite você não virá?
Como entender que, apesar da vontade que sinto, não irei te buscar no aeroporto e ser a primeira pessoa a te abraçar? De que adianta não correr o risco de chegar em casa tarde, se existe o ônus de não te ver chegar na nossa terra de todos os sóis?
Como é que eu vou descrever a vontade que tenho de ter compartilhado esses dias, aconchegando você nas horas de cansaço e aproveitando todas as paisagens que passaram pelos teus olhos?
Como explicar o travo que aperta a minha garganta quando acontece alguma coisa boa e não posso correr pra te contar e ver teu sorrisão se abrir e você me olhar todo bobo?
De que jeito eu explico o martírio de todos esses dias, sem você dizer "Vida, tô chegando em casa"?
Qual a maneira de exprimir a falta do seu abraço com a alma toda, a ausência das suas gargalhadas ecoando no nosso mundo, a saudade da sua suavidade e energia simultâneas?
Não, não adianta. Nada do que eu diga vai conseguir traduzir o que são dias inteiros sem você. Melhor mesmo pensar que você chega logo, que o pior já passou e que daqui a pouco estaremos juntos de novo. Melhor pensar no orgulho que sinto por você se dedicar à sua profissão, por ser tão honesto conosco, por dar sempre um jeito de ser fazer presente, mesmo de longe. Melhor lembrar das mensagens e telefonemas saudosos, da sua voz que me afaga à distância e imaginar que a sexta-feira vai ser mais feliz, porque você vai estar perto.
Melhor, muito melhor mesmo, é ver que estou viva, e que você despertou essa vida em mim, e que sou completa com você. Mas o melhor de tudo é saber que com você eu posso ser eu mesma, com todas as imperfeições, porque é assim que sou amada.
Volta logo, porque você faz uma falta danada...


P. S.: Apesar da saudade tanta, estou feliz comigo mesma. EU NÃO MINHOQUEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E isso é um feito. Acho que mereço noites e dias de beijos sem ter fim, como prêmio...

sábado, 9 de agosto de 2008

Ontem eu sonhei com você, e o sonho fez a noite mais bela... No entanto hoje, ao acordar, pecebi que as cores não estavam tão nítidas e nem o sol tão sorridente... O dia está abafado, como se o sol estivesse triste...
Vontade de você aqui, para aquecer a minha alma e alargar os meus sorrisos... Ao mesmo tempo, um orgulho danado de grande por você ter ido em busca daquilo que acredita na sua profissão. Esse orgulho de você faz os dias serem menos penosos, mas quando o quarto fica geladinho... Aff!... Não há nada que console não...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

E a vida, como anda?

Urso Polar viajou de novo. Ontem. E parece que já faz um tempo... De novo, a casa vazia sem ele...
Também ontem, tomei uma decisão muito importante: não atendo mais os telefonemas de quem só me traz angústias. Chega de ser boazinha, educadinha e de escutar o que não há a mínima necessidade, por isso, quer a criatura mate ou morra, não ouvirá mais a minha voz ao telefone. E como já não falo com ela pessoalmente mesmo...
Talvez o leitor nem entenda o quanto essa decisão é importante, o quanto ela representa um ganho para a minha qualidade de vida, o quanto ela revela sobre o meu crescimento. Não importa. Certas coisas apenas eu preciso entender em plenitude. Os outros podem apenas imaginar, e já está de bom tamanho...
O trabalho apertou de novo, depois de um mês inteiro de calmaria. Ainda bem. Manter a cabeça ocupada alivia a saudade, porque ficar em casa, tentando ver filme ou lendo, dói...
Então, a vida está assim: correria no trabalho, sem hora pra sair, pra almoçar, bem do jeito que eu gosto; telefonemas que fazem o sol de Teresina brilhar mais forte e dão um alento na ausência; casa cheia de lembranças, olho no calendário pra ele chegar, músicas a nossa cara e, pra não enlouquecer, trabalho, trabalho, trabalho...
Eu só não consegui ainda responder quando o Urso Polar deixou de ser importante e se tornou essencial...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Hoje...

Andei sumida, pedacinho de mim ficou aqui, meio abandonado, mas não esquecido. Andava meio sem vontade de escrever, só isso.
Urso Polar chegou. Abraços e beijos sem ter fim. Felicidade de volta. Noites quentes de verão.
Em meio a tudo, vida que segue. Mais uma etapa da batalha vencida. Eita assinatura difícil, nunca vi! Também, com a pessoa se escondendo feito rato... Bom, não vale a pena falar disso aqui, não hoje...
E o que tem hoje?
Dizem que a vida não se mede em tempo, dias, meses ou anos, mas na quantidade de coisas boas pra contar. Se isso for verdade, aff!, a minha tá correndo e daqui a pouco estarei velhinha de bengala, porque esses últimos dois meses, sei não, tanta coisa boa que não dá nem pra falar...
É assim: são dois meses de tempo, mas duas vidas entrelaçadas além do tempo, pessoas que se olham e se entendem, sorrisos bobos no meio do dia, mãos que se procuram, cumplicidade...
Dias de ficar juntos, mesmo quando fisicamente longe; de dormir abraçado, de acordar com beijos, de gargalhadas, de dividir ovomaltine, de ver filme juntos ( eu dormindo, é bem verdade)...
Dois meses de abraços apertados, carinhos em todos os gestos, madrugadas de luz, fim de semana em casa (ou em qualquer lugar)... Dois meses dividindo nossa felicidade com os amigos - os de longe e os de perto -, de orgulho com o que o outro faz, dois meses de paz...
Dois meses de NÃO SEI QUE NOME ISSO TEM...
Dois meses de Vida, em plenitude...

domingo, 20 de julho de 2008

Saudade que maltrata, espicaça meu peito. Tempo que não passa. Fico aqui, só, enjoada, antipática, zangada... Nem a companhia dos amigos me dá alento nessa hora... Parece que dá meia-noite e não dá nove, pra você vir embora... Minhocas fazendo multidão no meu juízo que, pequeno por natureza, fica apertado... O peito mais ainda...
Tá, eu sei, é insegurança. Sei também que ela não tem razão de ser, já que você se mostra seguro do que sente por mim. Mas quem disse que insegurança precisa de razão pra existir? Ela existe, e ponto.
Doida pra ter você aqui, deitar no seu peito e ver tudo isso passar com o sabor dos teus beijos e o jeito doce com que me olha...
Vou dormir cedo, pra ver se o amanhã vira hoje mais depressa...

sábado, 19 de julho de 2008

A minha incapacidade...

Hoje está particularmente difícil... Tudo aqui fala da ausência... Em minha companhia, só o Musashi, mas até a leitura me faz lembrar e a lembrança hoje está doída...
O cartão veio me dizer da sua volta, mas o dia que resta é tão longo que parece nunca acabar...
Pra piorar, estou sentindo na pele a minha incapacidade de dizer o que me vai na alma... Quando ouço Urso Polar falar, digo apenas "também", ou fico muda, mas o coração grita... Então por que eu não consigo dizer? Por que essa coisa guardado no peito, com medo de um tempo que já foi e não vai mais voltar, por escolha minha? O pior é que acho que tem horas em que ele precisava escutar, com todas as letras... E onde se esconde a minha voz nessas horas?
Aí, aqui fico eu, minhocando, minhocando... Mas é só o medo que invade aqui dentro e aperta o peito...
Já que eu não consigo falar, o Frejat canta, porque é bem isso que eu queria dizer.

Eu não sei dizer te amo
(Frejat)


Se você fosse um sonho
eu não acordava
se você fosse a noiteeu te ninava
mais je ne sais pas dire je t'aime

Se você fosse uma antena parabólica
eu seria o teu canal
se voce fosse calmaria
eu seria temporal

Eu não sei dizer te amo
eu não sei dizer te amo
yo no se hablar
pero yo no se hablar te amo, te amo

Se você fosse um barco
eu seria teu motor
se você fosse terra
eu queria ser trator
e se você fosse pra qualquer lugar
eu seria a tua casa

Eu não sei dizer te amo
eu não sei dizer te amo
yo no se hablar
pero yo no se hablar te amo, te amo

Se você fosse um sonho
eu não acordava
se você fosse a noite, meu bem
eu te ninava

But i don´t know how to say i love you
How to say i love you

Eu não sei dizer te amo
eu não sei dizer te amo
yo no se hablar
pero yo no se hablar te amo, te amo

Eu não sei dizer te amo
eu não sei dizer te amo
yo no se hablar
pero yo no se hablar te amo, te amo, te amo

Só mais dois dias...

Urso Polar chega segunda. São só mais dois dias mas, em meu coração, são mais dois LONGOS dias... Continuo recebendo cartões, e eles vão me fazendo mergulhar na alma quente e aconchegante do Urso Polar. Intensidade que me dá a aclareza do que sinto e de como sou sentida. E o quanto.
Para mim, totalmente desacostumada a gentilezas assim, um misto de espanto e medo que se vão na voz doce e inesperada e nas pequenas surpresas diárias, mesmo com ele tão longe... Na madrugada, ganhei um presente (mais um): um livro que marcou o início da minha adolescência (aff! faz tanto tempo...). A alegria foi enorme, mas nem tanto pelo presente em si, mas pelo gesto, pelo cuidado, pela engenhosidade da surpresa, pela alma que transborda em tudo o que ele faz...
Acordei ouvindo Vavá Ribeiro, que toca minha ser e fala ao mundo dos meus sentimentos...

Nanquim
(Vavá Ribeiro)

Gosto dos teus olhos nos meus olhos quando acordo
Gosto de te ver dormir,
Gosto dos teus lábios nos meus lábios, se te beijo
Gosto de te ver sorrir

Eu gosto dos teus braços nos meus braços quando enlaço
Gosto de poder te sentir
Gosto dos teus passos nos meus passos se te encalço
Gosto de poder te seguir

Deusa da manhã marfim, quero teu olhar nanquim
Terra, céu e mar, país que atravesso em teu olhar, feliz

E assim vou viver tudo o que aprendi no teu olhar,
Se assim me perder, olhos, não me deixem a vagar,
Só porque dindim, fico triste assim...





A tristeza irá embora quando segunda chegar e a vida de novo voltará ao curso normal, rotina doce e cheia de sorrisos...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Semana que se arrasta...

Fazia tempo que o tempo não passava tão devagar. Geralmente, quando penso que é quarta já é segunda de novo. Mas essa semana, nada faz com que o tempo passe, e olhe que ele nem precisava passar rápido, bastava que passasse em seu ritmo normal, mas ele teima em se arrastar...
Nesses dias sem Urso Polar, nada tem tanta cor... É certo que os cartões que recebo todos os dias aliviam a saudade e a ausência, mas quando chega a hora de pôr a cabeça no travesseiro e o peito não está... aff!
Claro que eu tento pensar positivo. "Hoje já é quarta-feira, Bela. Segunda ele está de volta". Não adianta: trabalho, trabalho, trabalho e o tempo não passa.
O curso de assessoria de imprens,a longe de encurtar as noites, tona-as mais longas, porque fico imaginando chegar em casa e ganhar abraços... Só os cartões me afagam...
Pra piorar, no calor de rachar de Teresina, as noites estão frias. Amanhece com um friozinho de ficar na cama até mais tarde... Aí sim, a saudade aperta o coração mais que ontem...
Os momentos de sol do meu dia são os telefonemas e, claro, os cartões. Nada comparado à vontade de segunda-feira chegar... e rápido!!!!!!!!!!! Pelamorde!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Como se mede a distância?

Urso Polar viajou... Serão dez dias sem as gargalhadas estrondosas em casa, sem a campainha tocando à noite, sem acordar na madrugada pra ele voltar pra casa, sem surpresas dele no trabalho...
Dez dias sem a mão dele na minha...
Mas não vou ficar aqui lamentando. Sei que a viagem é importante, que ele vai voltar com mais conhecimentos, mais entusiasmado, mais cheio de abraços...
Vou aproveitar o tempo pra ler, porque assim Urso Polar fica mais perto... Pra ver o filme que prometi terminar e sempre durmo... Pra arrumar a casa interior e resolver algumas nóias que me incomodam... Não vou ficar minhocando, ou pelo menos vou tentar não ficar...
Já que não posso excluir a distância, vou deixar de vê-la em quilômetros e ausências, e passar a enxergá-la como proximidade, nos telefonemas, nos olhos fechados, na voz doce ao telefone me dizendo SNVC, Vida!
O que me alenta é a certeza de que, quando esses dez dias passarem, Urso Polar voltará para aquecer os braços de Bela...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Andando juntos...


Mão que dá suporte à minha, que segura a minha quando choro, que me acompanha, que tem sempre um gesto de carinho a me afagar...
Mãos que se completam, entrelaçam, caminham juntas... Mãos que se acarinham, compreendem e mandam recados ente toques e olhares...
Nossas mãos... VIDA.

sábado, 5 de julho de 2008

Vida cheia de cores

A vida anda colorida mesmo... Cheia de novas perspectivas... Nem a loucura do trabalho, sem hora pra nada, tem conseguido tirar meu ânimo. Tenho curtido o arco-íris que existe em mim.
Hoje, acordei lembrando um texto do André Gonçalves que li no Portal AZ. Talvez porque eu já tenha percebido a necessidade que temos de nos adaptar, talvez porque eu já tenha visto em mim mesma grandes mudanças, enfim, não vou ficar explicando. Gostei do texto e pronto. Não pedi a autorização do autor, mas vou colocar o texto aqui. Se alguém copiar, por favor, copie também os créditos.

Aqualove

não pretendo um amor sólido
tendo em vista a grande possibilidade de um sólido se romper à menor mudança
de temperatura
de pressão.
pretendo um amor líquido
que se adapte a qualquer recipiente e, sorvido em grande goles,
molhe os lábios
escorra pelo pescoço
e umedeça os países ao sul do continente.
líquido, para que, aquecido,
evapore
suba ao céu
chova sobre mim
encharque o chão
tire essa tal segurança de debaixo dos meus pés
deixe lama entre meus dedos.
não pretendo um amor assim, concreto,
não pretendo um amor assim, rígido,
não pretendo um amor, assim, sólido
mas líquido
incerto
insólito.
e se uma frente fria vinda diretamente da Patagônia
torná-lo gelo,
frio,
pedra,
que baste deixá-lo ligeiramente exposto ao seu olhar
e ele, regredindo a seu estado original,
volte a matar essa sede
amiga, inseparável, do sertão
de nós.

André Gonçalves



Vida sem corda bamba, sem montanha russa, com trilhas estreitas que levam a mim, que já não sou só... Tempestade enfraquecida, ventos mais amenos, coloridos dias de verão levemente empanados por nuvens passageiras que não tiram a minha alegria... VIDA.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estado de graça

Em meio ao turbilhão dos dias, ao vendaval de trabalho, um farol ilumina meus dias e me dá a certeza de que a calmaria virá... Ela está logo ali, em casa, no abraço quente, no olhar doce, no riso quase infantil... VIDA...
Nada de desesperos, de mundo quase acabar... Os dias são de sol, mesmo que nuvens teimem em nublá-los. O sorriso já não é mais da boca pra fora, os olhos sorriem a alegria de me saber querida, a calma de me ver em tudo o que faço, a felicidade de poder ser eu mesma, sem tesoura de poda...
O filme da minha vida já não é um drama, sinos tocam e borboletas esvoaçam em meu estômago... Sim, estou em estado de graça, vendo graça em tudo, de graça, por graça...
A rosa vermelha que ganhei foi o símbolo do cuidar, da atenção de quem pensava que estaria longe... Apesar de linda, nem foi a flor que me fez mais feliz... Foi o gesto, o carinho em cada palavra do cartão, a atitude, a intenção...
As minhocas da minha insegurança estão se mudando para outras paragens, não há mais como e nem por que cultivá-las...
Não sei se isso tem nome, e se tiver, não preciso saber. De que servem os nomes, se existe o sentimento?

domingo, 15 de junho de 2008

Minha alma canta...

Nem tudo está calmo, a tempestade ainda não passou de todo, mas já consigo ver o sol, e a luz que ele traz... As coisas se resolvem aos pucos, devagar, em seu próprio ritmo, e a minha alma canta...
Dessa vez, o canto é diferente, profundo, vindo de dentro... Filmes, risos, presentes, abraços, mensagens... Eu, viva, senhora de mim, cortejada sim, mas principalmente por mim mesma...
Muito bom me sentir assim, perto de quem gosta de mim pelo que sou, sem precisar frear palavras e pensamentos, sem fazer esforço pra agradar... Bom perceber que a minha presença basta, mesmo quando não estou presente...
Melhor de tudo, ver que estou segura do que sou, do que quero, e o que eu quero é a minha felicidade, construída por mim; quem estiver ao meu lado tem que acompanhar isso... E ele acompanha...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A passos firmes

Os dias estão cada vez mais corridos, mais loucos... Perto do caos, tenho tirado sempre um tempo pra olhar pra mim e fazer coisas que há muito não fazia...
Estou me revisitando, reforçando o que gosto e procurando modificar o que em mim não me agrada muito... É chegada a hora de rever amigos e experimentar novos laços, esclarecer pontos obscuros, organizar a vida, sorrir mais e, quem sabe...
Estou andando na direção de mim mesma, com passos cada vez mais firmes e decididos. Tomei as rédeas da minha vida para não mais soltar, não interessa o que digam ou pensem, andarei sempre de acordo com a minha consciência, porque eu sou o que sou e não o que os outros querem ou pensam que eu seja...
Em meio a tudo, Vander Lee embalando momentos, trazendo lembranças de sábado passado, em que nem o ouvi, mas ele estava presente em mim...

Meu Jardim - Vander Lee

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho

Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

domingo, 25 de maio de 2008

Pausa pra lembrar

Fazia tempo que eu não lembrava dos momentos bons da vida antiga... No meio dessa madrugada, o passado aflorou em meus pensamentos, afastou o sono e me fez chorar...
O rock anos 80 tocava ao fundo e me lembrou os sorrisos, as brincadeiras, os beijos cheios de alma, as noites quentes de verão mesmo quando tudo era frio lá fora...
Mas depois, junto com tudo o que é bom, vieram as lembranças das turras, das pequenas decepções, das grandes, da cara amarrada, do desprezo demonstrado das mais várias formas...
De novo, chorei... Como choro sempre que lembro, ou que escuto a voz... Mas foi um choro diferente... Não havia nele o desespero de outrora, apenas a leve constatação de que tudo se foi, pra nunca mais voltar... No choro, a certeza de que por mais que outros braços me enlacem, não serão como aqueles que num simples toque faziam a alma inteira incendiar...
Nunca mais aquelas noites quentes de verão...
Olhando pelo lado bom, também não vou passar pelas coisas ruins de novo, porque quem levou as boas, levou as runis consigo também... E como as ruins aconteceram em número bem maior...
Até acho que é por isso que choro: não por saudade, mas por lamentar o que poderia ter sido e não foi...
Depois que as lágrimas molharam o colchão e que a quietude da madrugada voltou a residir em meu peito, descobri de novo que as noites viram dia, assim como o inverno não dura para sempre...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Quando o mundo vira...

Há dias não apareço aqui; em parte, porque a vida está uma correira danada, o que tem me deixado sem vontade para escrever... mas o maior motivo mesmo é que a vida resolveu dar uma descontrolada nos últimos dias, ou melhor, na última semana.
Pra começar, sessão de descontrole por telefone com alguém que, pelo que fez, já não deveria ter nenhuma importância, mas ainda consegue me afetar... Depois, tudo às voltas com as enrolações de um pseudo sério profissional da justiça (aff! eita povo cheio de nhém-nhém-nhém, depois dizem que jornalista é urubu; urubu mesmo é advogado, nããã) ...
Como se já não bastasse, encanações de alguém que até poderia se tornar especial se não fosse tão infantil...
Daí, você deve estar se perguntando: "e o que vocês está fazendo pra enfrentar isso, Bela?"
Ao que eu te respondo: coragem e determinação. Claro, depois de muita lágrima que daria pra fazer o Nordeste esquecer a história de seca, né?
Não vou morrer por isso. Quem quiser estar ao meu lado, que esteja pelo que sou, integralmente. Nada de querer aprisionar a minha alma. Sou livre. E ser é bem diferente de estar.
Os atropelos financeiros pela falta de noção do pseudo profissional eu resolverei com a ajuda de amigos... Não dizem por aí que amigo é melhor que dinheiro? Pois é mesmo...
E eu tenho poucos, mas eles definitivamente me amam. E eu a eles.
O resto é seguir vivendo, um dia de cada vez, mas sempre.
O meu lado Poliana me diz que tudo tem sempre um lado bom. Eu acredito piamente nisso. Desde o descontrole ao telefone, parei de vez de atender as ligações e passei a desconsiderar as mensagens. Não quero mais saber. Há tempo eu já resolvi que não faz bem a mim, por isso não cabe na minha vida. Então, por que deixar a pessoa me atormentar? Não mesmo.
Outra coisa boa é que não insisti com a criança mimada, sinal de que estou mesmo muito ligada a mim, aos meus sentimentos, ou seja, eu relamente aprendi que a pessoa mais importante na minah vida sou eu e que se a pessoa que quer estar ao lado não comrpeende isso, é porque ela não merece estar ao lado.
Mas o melhor de tudo é que a essência de Bela continua a irradiar luz, e a luz que irradia vai bem longe, e emociona pessoas fisicamente distantes, mas que se fazem presentes num teclar no msn, num telefonema doce pra começar o dia, numa lembrança carinhosa... Sem a obrigação do interesse sexual, do estar disponível, sempre linda, sorridente e dizendo amém... Pessoa que de longe diz: "Bela, você é essência de verdade, e te acho linda por isso". E sou mesmo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Seis anos...

Hoje faz seis anos que conheci a pessoa com quem sonhei dividir a minha vida. Seis anos que me encantei pela inteligência de um cara sofrido, com uma voz grave que fazia meu coração estremecer e um sorriso que iluminava o meu mundo...
Seis anos que conheci aquele com quem eu assistia desenhos aos sábados pela manhã, deitados em concha na cama, aquele que cozinhava pra mim com alegria, que me olhava com um brilho nos olhos... Seis anos que aprendi a mexer na barba dele ao deitar, e a ficar virando a orelha dele pra dormir...
Seis anos que comecei a viver a minha vida em função desse amor, fazendo de cada dia um motivo pra fazer essa pessoa feliz; seis anos em que toda a minha atenção, o meu pensamento, as minhas ações, o meu carinho, os meus olhares, a minha alma e a minha vida eram para ele...
Eu teria muitos motivos para comemorar, se essa pessoa não fosse exatamente aquela que destruiu todos os sonhos que construímos juntos, se ele não fosse a mesma pessoa que destroçou o nosso lar e acabou com a minha capacidade de acreditar numa vida juntos...
Aquela voz grave, que entoava canções no meu ouvido, passou a dizer coisas que feriram meu coração, como açoites nas mãos de um carrasco... Nada mais de desenhos deitados na cama aos sábados, nem em dia algum, nada mais de afagos na barba, nada mais do cheiro de aconchego no peito da pessoa amada...
Cheiro de bebida... bebida e cigarro... cigarro e bebida... bebida...
E os seis anos que poderiam ser o início de uma vida inteira são, na verdade, a prova de que amor sozinho não é o suficiente... Não basta amar, é preciso ser amado também... E com plenitude... Não aquele amor que escraviza, que faz sofrer... Chega de amor-desespero, amor-doença, amor-sofrimento...
Hoje, quando faz seis anos que as nossas vidas se cruzaram, desejo que ele seja feliz, que se equilibre, que viva a vida dele conforme as suas crenças, nada de mágoas ou rancores... Desejo que ele mantenha um encontro feliz com ele mesmo e que a sua vida se realize plena, longe de mim...
Mais que isso, desejo reorganizar a minha vida, ter paz, resgatar o meu amor-próprio e reencontrar em mim a alegria que sempre foi a minha marca...
Quero de volta os meus sorrisos com alma, o meu jeito de moleca, as brincadeiras sadias, os meus dias de sol e os banhos na chuva... Já começo a ver a Bela de volta no espelho do banheiro, a Bela que estava escondida sob as lágrimas e sofrimentos, a Bela que já não sabia como e nem por que viver...
Nesse aniversário, a única coisa que tenho pra comemorar é a experiência vivida, que fez com que eu me conhecesse mulher, capaz de amar incondicionalmente, de entregar a vida a alguém, mas também capaz de resgatar a mim mesma ao perceber que os sonhos não eram sonhos, mas ilusões, construídas a partir da paixão por um ser que na verdade não existe, nunca existiu, foi uma farsa...
Hoje é dia de cantar parabéns para mim, por ter sobrevivido a esses seis anos, com a força e determinação que Deus me deu; por ter lutado por esse amor enquanto acreditava nele; por ter decidido que eu mereço ser feliz, independente de quem quer que seja; e por ter entendido que só eu sou capaz de fazer a minha felicidade...

domingo, 11 de maio de 2008

Dia das mães

Escrever sobre dia das mães é escrever aqui o óbvio, mas o óbvio muitas vezes precisa ser dito. Comemorar o dia das mães não é só abraçar, beijar e dar presente, é mais, muito mais que isso. É admitir que ela não é perfeita e que, quando erra, é querendo acertar; é acreditar que o mundo é melhor porque existem mães, seres capazes de um amor tão grande que chega a ser incompreendido por nós, alvos desse amor; é saber que, por mais que você apronte e faça besteiras e ela te repreenda, quando a coisa esquentar e você precisar de um porto seguro, é ela que vai te dar; é entender que mães são, antes de mais nada, mulheres, e têm TPM, mau humor, problemas sentimentais, brigas com o amado, vaidade, neuras, necessidade de afago, enfim, todas as coisas que nós, filhas, também sentimos.
Penso que ser mãe é uma das tarefas mais difíceis do mundo. Já pensou, nunca mais ter uma noite de sono totalmente despreocupada? Nunca mais pensar primeiramente em si mesma? Nunca mais conseguir ser minimamente egoísta? Parabéns, mãe, e obrigada, pelo amor, pelas repreensões, pelas brigas, pelos conselhos, pelo interesse, pelo apoio, pela presença, pelo carinho, pelas palavras duras, por me defender, por acreditar em mim, por torcer por mim, por me aceitar sem me entender, enfim, por você ser o que é: MÃE, assim mesmo, todo em maiúsculas.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Nada de veneno...

Por que olhar para os problemas do meu dia se existem mil razões para agradecer? Nada de envenenar a existência com um sem número de reclamações... Hora de parar, olhar no espelho e gostar da menina loira e sorridente que vive dentro da mulher atarefada e com mil coisas a resolver...
Que os sorrisos da minha alma sejam uma constante, porque eles são o sol que aquecem o frio provocado pelos percalços do meu dia...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Colocando o cinto de segurança...

Já falei aqui que ando sem pressa, sem percorrer atalhos. No caminho de mim mesma, sigo observando as paisagens e analisando sentimentos. Não há nada em mim que aconteça sem que eu perceba, fruto de muita observação e respeito, re-adquiridos depois de longo tempo teimando em olhar outra pessoa esperando que ela fosse a minha vida. EU SOU A MINHA VIDA. Isso eu já aprendi.
Mas a vida tem seu ritmo próprio, e ele muitas vezes não é igual ao meu... Por isso, estou colocando o cinto de segurança, para não corrir riscos com execesso de velocidade ou freadas bruscas. Não vou negar: estou gostando das curvas que a vida tem me apresentado nos últimos dias... Mas o cinto está afivelado, firme, não por medo, por segurança, como o nome dele mesmo diz.
Não vou me impedir de viver o que tiver que viver. parafraseando Lulu Sanstos, eu vou me permitir... E que seja doce!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O lado bom do orkut

Quem me conhece sabe: não sou de ficar fuçando no orkut. Visito o perfil de quem conheço só quando quero deixar recado; retribuo os recados que recebo e dou uma olhada pra lembrar os aniversários; só. Nada de ficar bisbilhotando a vida dos outros ou de ficar lendo os recados alheios.
Mas anteontem descobri uma coisa maravilhosa no orkut. Ou melhor: descobriram. Uma amiga minha, bem das antigas, dos tempos de escola, estava olhando uams fotos da época em que estudávamos, colocou meu nome na busca e me achou. Nossa! Adorei reencontrá-la! Ontem, conversamos um tempão no msn e eu descobri que os amigos estão sempre conosco, independente do tempo que passamos sem nos falar.
Aí, ontem, mais surpresa boa no orkut: eu encontrei outros veljos amigos e fui "achada" por uma maigo de uma amiga. é mais um elo que se forma, e amigo nunca é demais...
Moral da história: mesmo quando você pensa que uma coisa não serve pra nada, ela serve para alguma coisa.

sábado, 19 de abril de 2008

O curso da vida

Vou andando os dias devagar, sem pressa, apreciando cada momento e me investigando pra saber sempre como e o que estou sentindo. Percebi que estou sendo olhada de um jeito diferente, por alguém bem legal... Esse olhar tem me feito bem, mesmo nos dias complicados que estou passando, ou até por isso...
Datas são sempre complicadas, melhor seria não lembrar, pra não ficar de farol baixo mas, como nem tem jeito e a lembrança vem, a única alternativa é arrancar da memória o que aconteceu de bom nesses últimos tempos, de solidão, por menores que sejam esses pedaços, pra seguir vivendo. O olhar é uma dessas coisas...
Ontem, por presente divino, falei com uma pessoa que há muito tempo não vejo; criatura especial, pingos nos is, doeu saber da traição de uma amiga, mas aliviou saber que tudo está em seu devido lugar, e que eu sou eu, independente do que ouve... Como dizem: "suspiro de vaca não arranca cerca"...
Como o espírito de Poliana fala mais alto, até o farol baixo é bom, às vezes, pra desabafar. E ontem, então, foi ótimo, pq falei muitas coisas e ouvi outras, e tudo está de novo como sempre foi, pessoas que se gostam e se respeitam, e se preocupam com as outras independente da distância ou dos rumos que as vidas tomam...

sábado, 5 de abril de 2008

Estado de emergência

Teresina está debaixo d'água, alagada. Não dá pra curtir o clima ameno, o vento no rosto, com tanta gente sem casa, sem comida, sem saber pra onde ir...
Quando as coisas melhorarem, volto aqui e conto a minha vida. Enquanto isso, é torcer pra São Pedro não exagerar no volume de água...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sem pressa

Desapareci esses dias porque estava meio cansada da net. Quando se passa o dia inteiro trabalhando com internet, abastecendo um portal, às vezes não se consegue mais nem olhar para o micro em casa, mesmo que o coitado não tenha culpa de nada, tadinho!
Mas desapareci mesmo para respeitar a minha vontade de recolhimento, de não falar. Fiquei ouvindo o meu silêncio. Estou assim, sem pressa. Não preciso ultrapassar sinais na viagem para dentro de mim.
Estou trilhando os caminhos vagarosamente, sem pegar trilhas nem atalhos... Já entendi que não preciso ser a Mulher-Maravilha, e que é normal estar meio de farol baixo em alguns dias; não preciso sorrir pra todo mundo, nem a toda hora... Vou respeitar minhas fraquezas, estudá-las e me fortalecer, buscando a superação; vou ouvir a minha alma, curtir a dor que nela existe, para que ela vá embora naturalmente e eu possa ouvir quando a alma estiver em festa...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Ontem foi domingo?

Trabalhei ontem até as 13h30. Nem parecia domingo... Cheguei em casa pra morrer mesmo. Ainda bem que fui salva por um almoço chinês com uma amiga; depois, programa de fim de tarde: turismo no supermercado em meio a muita chuva. Uma delícia! Sanduíche IMENSO e, uma vez em casa, o descanso dos justos...
E como hoje é segunda, o dia começou cedo... Muito trabalho, mas quando a gente faz o que gosta, as coisas ficam mais leves...
A terapia já começou a dar resultados, mas não vou espalhar aqui... Peguei os florais e encontrei uma amiga muito querida, que vai me dar uma sobrinha linda em junho. Seja bem-vinda, Aisha!

A hora é de limpar as gavetas e jogar fora tudo o que faz mal à sua existência. Nada de guardar mágoas e rancores. A vida não é pra ser envenenada. As pessoas se encontram por diversos motivos e da mesma forma elas se vão. O importante é ouvir a consciência e saber que você fez tudo o que estava ao seu alcance. Que a vida siga seu curso.

sábado, 8 de março de 2008

Por que o Drummond me conhece...

Revendo as minhas coisas, pegando em alguns escritos, reencontrei um texto do Drummond:
"Eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que os outros me enxergam".
Como esse texto mexeu aqui dentro! Parece que desencadeou furacões e tsunamis internas... Sabe pra quê? Pra eu ver que eu é que importo pra mim, e pra aprender a valorizar isso.

Comecei a fazer terapia hoje. Há tempos eu estava me devendo isso. Tem horas em que nem você se aguenta mais e as coisas ficam pesadas demais pra carregar sozinha. Falei muito, escutei coisas duras, mas verdadeiras, puxões de orelha necessários, dados por mim em mim mesma, através da voz da terapêuta. Muito bom, principalmente por saber que dei o primeiro passo em direção ao resgate de mim mesma, perdida em meio a tanta confusão.
Fiquei alerta: o único mundo que posso mudar é o meu interior. Pois vamos à mudança, um dia de cada vez, mas sempre em frente!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Eu matei, e fiz nascer

Eu confesso: matei meu blog antigo. E quando o matei, pensei nunca mais voltar a escrever, nunca mais desnudar a alma na net, pra que olhos que não sei de quem são, lessem minha vida.
Mas o tempo passa e, com ele, muitas certezas também. Fiz nascer esse novo blog, por saber que realmente não poderia ressuscitar o antigo, porque a pessoa que escrevia nele já não existe mais, morreu também.
Hoje eu sou outra, mais crescida, mas ainda cheia de dúvidas e nós a serem desatados. As feridas ainda não cicatrizaram, mas quase não sangram mais. A não ser quando a futucam. Já não vivo numa montanha russa. Aprendi a olhar pra mim e a me enxergar; aprendi a me amar e entendi que o silêncio que há em mim fala muito...
Sem querer ser mal educada, esse é o meu espaço. Aqui, Bela fala, se expõe, grita e cala, de acordo com a própria conveniência. Súditos lêem, comentam, passam calados, observam, torcem para o bem ou para o mal, mas são súditos. O meu reino está aberto a visitações, mas a tomada do poder é impossível.
Vivo segundo os meus princípios. Sou o que sou. Não importa o que os outros digam ou pensem, a única pessoa capaz de alterar a minha essência sou eu mesma.