Eu disse que talvez não escrevesse mais aqui... Eu disse que não insistiria...
Lembra das cores que falei? Por alguns minutos elas voltaram, coloriram meu peito de esperanças, mas como num sonho, tudo em volta se apagou novamente...
Sei que eu disse muitas coisas, nem sei se me fiz entender... Depois que você se foi hoje, a única esperança que tenho é que algo do que eu disse tenha ficado aí, no seu peito, e faça você mudar de idéia...
Minha razão diz que essa esperança é tola, que você não comprará uma confusão tão grande, assim como ninguém compra nada no escuro... Mas no meu coração permanece uma luzinha, pequenina, desejando, desejando...
Estou me sentindo fraca, diminuída, proscrita... De novo, razão e sentimento possuem opiniões contrárias... A minha razão diz que não sou menor, que continuo a pessoa de sempre, que fiz escolhas condizentes com os meus sentimentos: primeiro casei tentando ser feliz, depois descasei, pra ser feliz; a razão diz que as seqüelas que ficaram são de minha responsabilidade, mas que não sou menos digna por isso...
Já o sentimento... Ah, o sentimento... Velhas nóias...
Eu queria tanto que fosse diferente... Queria poder fazer alguma coisa... Queria que me vissem, humana, normal, com passado, como todo mundo...
Porque eu não posso estar enganada, não pode ser mentira o que aconteceu aqui hoje, não podem ser falsos os abraços... Ou você pode me dizer com certeza que seus olhos não demonstram dor? Você pode falar com a alma toda que não sente a minha falta, que não gostaria de estar comigo, que não gostaria que fosse diferente e que continuássemos juntos?
Meu pai acabou de ligar. Meu pai. Que nunca liga. Usei com ele a voz e o jeito "está tudo sempre bem" da máscara que coloco no trabalho, mas parece que não deu muito certo... sabe o que ele disse: "-Minha filha, tudo se resolve..."
Se ele vê tão bem a minha alma, que eu sei, você também vê, por que outras pessoas me vêem tão diferente do que sou?
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Depois da visita...
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