O julgamento...

Ontem (10) reencontrei uma pessoa muito especial. Não nos víamos há quase dois meses e, botando os fuxicos em dia, fiquei sabendo que tinham dito a ela que a importância dela na minha vida (e na do Tio) era igual à de uma boneca, que é o centro das atenções de uma criança mas, depois de um tempo, fica enfadonha...
AH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Por que as pessoas têm sempre que julgar os sentimentos dos outros? Tudo bem que eu não sou santa e também tenho as minhas ideias a respeito da vida alheia, mas externá-las com o propósito claro de ferir uma menina tão doce e já sofrida, isso é demais!
Nem preciso dizer que fiquei indignada! Pior foi ter que pensar claramente e não dizer que a pessoa que julgou dessa forma é uma idiota completa! Tratando de deixar a pequenez de certas pessoas de lado e afagando quem merecia, acalmando o coraçãozinho que tanto gosto, conversei sobre a vida, fiquei a par das angústias e sorrisos e fiquei acordada a noite inteira numa das conversas intermináveis mais saborosas que já tive.
As coisas voltaram ao devido lugar. Olhar calmo e sorriso de alma pra mim e para o Tio. À pessoa pequena, coitada, que não pôde sequer ficar calada quando o que tinha pra falar não ajudaria em nada, preciso dizer que lamento, lamento muito mesmo por ela. Só por ela, já que ninguém pode dar aquilo que não tem.
Quanto a mim, faço minhas as palavras de Voltaire:

É triste não ter amigos? Ainda mais triste é não ter inimigos, porque quem não tem inimigos, é sinal de que não tem: nem talento que faça sombra, nem caráter que impressione, nem coragem para que o temam, nem honra contra a qual murmurem, nem bens que lhe cobicem, nem coisa alguma que invejem.
(Voltaire)

Que me invejem então, ora pois!